E sob o telhado e por certo, carcomidas pelo tempo, lá estão as cartas.
E o passado, passando pastoso por entre as telhas, guarda o sótão que soterra meus pretéritos.
Cartas aludindo tudo que fiz e relatos iludindo tudo que almejei.
Esconderijo próximo às nuvens - melhor caminho não há, pois para lá; somente de asas, ou nos ventos da imaginação. Lá, outros poucos ousariam além de mim.
Nuvens que passam, acima de si, não permeiam liqüefações precisas, aponto de permear-lhe devidamente e corroer os meus segredos empapelados.
Lá, encasteladas em si, as minhas cartas se largam, e sob as telhas ficam; e assim, inatingíveis, perpetuar-se-ão ao tempo - que também lá a frente será passado.
Tudo que é depositado de mim,
fica depois postado
sob o telhado.
fica depois postado
sob o telhado.
Caro amigo,
ResponderExcluirO telhado é um mirante inatingível, tua casa, recanto, abrigo. Abriga tanto os pretérios perfeitos quanto imperfeitos pois assim se faz a natureza humana, perfeita e falha.
Não vamos parar o trem, sigamos despejando fumaça e sobrevoando novos ares.
Preciso encontrá-lo!
Um abraço,
Rabello Catavento